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Tabus, rivalidades e negócios!

Os campeonatos regionais estão ocorrendo a todo vapor nos gramados brasileiros, promovendo, cada vez mais, as rivalidades históricas, tão saudáveis e que mexem forte com o sentimento do torcedor.

Em São Paulo, com o quarteto dos grandes clubes, não é diferente. As rivalidades foram, desde os áureos tempos dessa disputa, um ponto forte e charmoso da competição. Nessa semana, tivemos o clássico Majestoso, entre São Paulo e Corinthians, que trouxe agregado um tabu que já durava 10 anos: o Timão jamais ter perdido do Tricolor na Neo Química Arena, sua casa. O tabu foi quebrado através da vitória são-paulina por 2 a 1, o que, certamente, alimentará ainda mais a rivalidade entre ambos.

Para os clubes e federações, esses confrontos também fomentam aspectos extras compensatórios do ponto de vista financeiro. Com uma boa estratégia de marketing, promovem e alimentam a paixão do torcedor em consumir mais, seja por meio de ingressos para o jogo, por meio de venda de pacotes de transmissão de tv pay-per-views, ou pelo aumento de engajamento em suas redes sociais, ou até mesmo o consumo de produtos e serviços do clube. Em tempos de futebol como negócio, isso é extremamente saudável a esse ecossistema.

Mas e o torcedor? Esse também é um dos grandes beneficiados. O futebol é, ainda, a maior fonte de entretenimento no país. Inegavelmente, o torcedor ama viver essa paixão pelo seu clube de coração e quer ver vivas as grandes rivalidades. É o motivo do bate- papo no boteco, da gozação entre amigos e das grandes discussões em redes sociais. Vibra, literalmente, a cada conquista do seu time contra o arquirrival.

No próximo domingo, mais uma dessas rivalidades ocorrerá. Dessa vez, mais distante do berço de suas torcidas. Palmeiras e São Paulo entram em campo no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, para decidirem a Supercopa do Brasil. Com uma rivalidade histórica acirrada cada vez mais nos últimos anos, os dois clubes já movimentam o seu torcedor a comparecer presencialmente na capital mineira. Isso já gerou um movimento de faturamento direto e indireto a vários segmentos econômicos, como companhias aéreas, transporte rodoviário, rede de hotelaria, além, é claro, da venda de ingressos. Afinal, por si só, já geraria um grande interesse no torcedor, mas contra um rival, isso se potencializa muito. E isso se transforma em aumento de consumo, obviamente trazendo mais lucratividade. E esse é apenas um exemplo de todas as grandes rivalidades espalhadas pelo país. Quantas outras grandes como um Fla-Flu, Atlético-Cruzeiro, Grêmio-Inter e tantas tem esse poder de fomentação econômica?

Que tenhamos mais clássicos, rivalidades e tabus!

E que o nosso futebol cresça e evolua nas ações econômicas, na cultura esportiva e no desenvolvimento dessa paixão!

Marcos Bonequini | @marcosbonequini

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One thought on “Tabus, rivalidades e negócios!

  1. Rodrigo Brito says:

    Acho super legal a Supercopa, e ainda mais sendo um Classico Paulista entre Palmeiras x São Paulo o que potencializa ainda mais. É uma rivalidade histórica e quem vem se acirrando nos últimos anos. E quem ganha com isso, nos torcedores por verem dois clubes que vem mostrando um grande futebol. Domingo espero que seja um jogo de muitos gols, com festa na arquibancada e que as duas torcidas façam uma grande festa e nada de violência.

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