Nesse último domingo (24), a final da Copa do Brasil, entre São Paulo e Flamengo, literalmente trouxe os olhares de quase todo torcedor de futebol no país. Além de envolver diretamente cerca de 60 milhões deles, aqueles que são admiradores do esporte mais popular do Brasil, estavam acompanhando atentamente o jogo.
Quero trazer aqui, o olhar e o sentimento daquela que vivenciou in loco – e comemorou – a grande a conquista. Foram 63.077 torcedores presentes no Estádio Morumbi, com 95% deles são paulinos, e que promoveram uma festa inesquecível desde as primeiras horas da manhã no entorno do estádio.
Na sala de troféus do tricampeão mundial, essa era a única taça de uma grande competição que faltava e, certamente, a mais cobiçada durante décadas. Certamente isso mobilizou o seu torcedor dessa forma gigantesca.
Aliás, mobilização tem sido a tônica desse torcedor. Há alguns anos ele vem se fazendo presente de forma sistemática no Morumbi, seja em fases boas ou naquelas em que a equipe brigava contra as últimas posições na tabela.
O São Paulo teve, nos anos pós pandemia, um acréscimo significativo no público pagante – e presente – no seu estádio. Para se ter uma ideia do que é esse fenômeno, em 2022, a sua média foi de 32.066 de torcedores presentes por jogo. Em 2023, até esse presente momento, esse número aumentou para surpreendentes 43.658 torcedores.
E ele não se faz apenas presente. Movimenta-se para receber a delegação do time em frente ao estádio, se organiza com mosaicos na parte interna e canta durante o jogo inteiro, numa tentativa real de “carregar” seu time rumo às vitórias.
E essas ações se mostram eficazes quando olhamos para as estatísticas do clube: venceu 8 dos 28 jogos que realizou no seu estádio, contra apenas 3 derrotas. Se segmentarmos apenas em jogos pela Copa do Brasil, esse aproveitamento atinge a incrível marca de, em 5 jogos, vencer 2 e empatar duas vezes (na estreia da competição contra o Ituano e na final com o Fla).
Na final, ocorrida nesse domingo, o clube bateu seu recorde de público no ano, uma arrecadação histórica de mais de R$ 24,5 milhões, além da garantia de uma vaga para a disputa da Copa Libertadores do próximo ano, a competição mais almejada pelo torcedor tricolor.
Com esses números, faz jus ao rótulo de “a torcida que conduz”, carinhosamente dado pelo clube aos seus apaixonados torcedores.
E, a “torcida que conduz”, mais uma vez, conduziu o time.
Dessa vez, à inédita conquista da Copa do Brasil!
Marcos Bonequini | @marcosbonequini