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Mulheres no Mundo dos Esportes: A Jornada de Marina Tepedino

Eu não quero falar aqui que essa é a minha coluna, que esse espaço é meu. Assino meu nome aqui com a ideia de compartilhar, expandir, informar e, o mais importante, fazer nós, mulheres jornalistas e inseridas nesse meio de comunicação, termos um espaço de fala cada vez mais presente e contundente.

Me apresentando para vocês que abriram essa página pensando “Quem é essa Marina Tepedino?” ou que já me conhecem e estão aqui para ver se ainda sei falar e escrever em português: sou jornalista de formação e sempre me dediquei a esse louco mundo dos esportes (loucura boa, que a gente ama). Comecei no FOX Sports, em 2015, fui para o Grupo Globo em 2016 e, em 2019, me joguei no mundo e fui morar fora do Brasil.

Esse ano está fazendo 3 anos que moro na Espanha e meu primeiro desafio no velho continente foi fazendo a cobertura da Copa do Mundo Feminina, na França em 2019. E hoje afirmo em alto e bom tom: essa cobertura mudou a minha vida. Não só pela experiencia pessoal de sair do meu “refúgio” que é o Brasil, mas por abrir meus olhos para a força e a potencia do esporte feminino.

Foi na França que eu me deparei com estádios lotados, com mais de 50 mil pessoas indo ver jogadoras de diferentes nacionalidades entregarem uma copa que mudou os rumos e a visibilidade do esporte feminino.

Me permitam pular um pouco para 2023, já que acabamos de ver acontecer uma Copa que está trazendo transformações em toda a sociedade espanhola e europeia depois de já terminada. Aqui eu vou focar no aspecto esportivo, no que as meninas espanholas entregaram nessa Copa desde que ela começou.

Certamente é porque sou brasileira e frequentei estádios pelo Brasil desde os meus 5 anos, mas durante a Copa do Qatar vi que não há nenhum país no mundo que vive um mundial como o Brasil. Pessoas e festas na rua, uma atmosfera de união, festa e alegria… da forma que entregamos, não há igual.

Mas em julho e agosto de 2023, Aitana, Jenny, Salma, Teresa, Olga, Alexias e TODAS as mulheres da seleção feminina espanhola, promoveram uma união que eu nunca tinha visto. Resilientes, elas uniram o país, deixaram de lado os medos e as inseguranças e levaram o título para a casa. Me emocionei no título e me emocionei ainda mais quando vi na rua principal da capital espanhola, meninas e mulheres de todas as idades comemorando o título com as jogadoras.

“You are afraid, just like the rest of the world”. Sabias palavras do gênio Timothy Ferris. Com medo, elas levaram a taça. Com medo, estou aqui me aventurando nessa coluna depois de tanto tempo sem escrever. Espero que cada um que está lendo esteja prestes a fazer algo com medo. A vida tem muito mais graça assim.

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