Os clubes começaram 2024 abrindo os cofres, uma verdadeira corrida milionária. Seja SAF ou associativo, a maioria investiu pesado em busca de soluções para esta temporada. A hegemonia mostrada nas últimas temporadas por Flamengo e Palmeiras ganha concorrência pesada em 2024.
O Flamengo, por exemplo, decidiu pagar, à vista, a multa do meia De La Cruz, do River Plate, por R$ 80 milhões. O Vasco investiu R$ 60 milhões em duas novidades (zagueiro João Victor e atacante Adson), o Corinthians, R$ 30 milhões (meia Rodrigo Garro).
O Palmeiras trouxe o atacante Bruno Rodrigues por R$ 25 milhões, o São Paulo tirou Ferreirinha do Grêmio por R$ 22 milhões, enquanto o Atlético-MG repatriou Gustavo Scarpa por R$ 21 milhões. O Botafogo, que também virou SAF, investiu R$ 15 milhões para trazer o venezuelano Savarino.
Bahia, Internacional, Grêmio e tantos outros também estão pesados no mercado da bola, mas afinal de contas os valores não estão muito altos? Será que a economia do futebol brasileiro vai suportar esta nova onda de investimentos?
Há uma preocupação de muitos torcedores (e até mesmo comparação entre clubes) com os valores aplicados. A justificativa é sempre pela possibilidade de retorno. Alguns enxergam apenas vendas como retorno imediato para este investimento, mas não pode ser deixado de lado o retorno técnico. Com ele, o dinheiro volta também.
Quando um clube conquista um título ou fecha uma competição na parte alta da tabela, ele fatura com premiação e vaga para as principais competições. Com isso, dinheiro novo entra no cofre no ano seguinte e patrocínios podem ser revistos ou fechados com altas cifras.
O mundo das apostas, por exemplo, é um indicativo de como tem dinheiro no mercado para aumentar as receitas dos clubes. Isso faz com quem aquela ciranda de compra e venda não restrinja o dirigente em busca de recursos imediatos apenas com a venda dos jogadores.
A estabilidade da moeda brasileira também serve para aumentar o poder de compra. O futebol nacional ganha com o aumento das receitas e qualidade dos jogadores nos campeonatos. Em outros momentos, no fim da década de 90, os clubes também viveram momento semelhante, com altos investimentos, mas poucos souberam surfar esta onda.
Que este novo cenário indique uma mudança e que o amadorismo não jogue, mais uma vez, os milhões pelo ralo e os clubes saibam aproveitar.
Fabio Azevedo.
Aumenta muito a responsabilidade dos treinadores pois as estratégias, principalmente defensivas ,fazem com q a principal contratação não se destaque individualmente, mesmo o coletivo sendo preponderante hj. Gosto de times que tenham mais de 3 jogadores que decidam jogos. Isso faz a diferença quando se comenta sobre elenco.
O futebol brasileiro parece ter aprendido com os erros, e a SAF parece estar ajudando a organizar a finança de muitos deles. Se os títulos não vem, pelo menos dá pra acreditar que a longo prazo e de forma organizada, dá pra competir de igual com Flamengo, Palmeiras…
Aquele amadorismo tão gritante, como era nos anos 90, parece ter ficado lá no passado.
Não vai ser fácil este ano, se 2023 foi complicado pode se preparar que em 2024 será ainda mais competitivo e os clubes que tem melhor estrutura organizacional dentro e fora do campo sempre são as favoritas.
Apenas para contribuir, vale citar o Sthletico Paranaense, hoje um dos melhor clubes do País. Tem em caixa 800 miilhões de reais frutos de conquistas e participações nacionais e internacionais e faturamento, um dos maiores do Brasil nas negociações de jogadores.
Vendeu Vitor Roque ao Barcelona por cerca de 410 milhões de reais, Vitor Bueno embarcou para o Japão ao Cerezo Osaka além de outros que estão pela Europa.
Aplicou cerca de 80 milhões trazendo os paraguaios Gamarra e Benitez e o argentino Léo Godoy. Por último trouxe o técnico colombiano Juan Carlis Osório. sem SAF, mas com uma administração brilhante.
Muito bom o seu comentário Fábio.
A prova que a economia brasileira deu uma estabilidade após a pandemia que arrasou com as finanças do país e hoje vemos os clubes investindo em grandes jogadores que esse brasileirão vai dar o que falar. Vai Mengão ❤️🖤
São Paulo, Fluminense, Flamengo, Atlético, Palmeiras, são as equipes que podem brigar pelo título, vamos ver como o Botafogo, Bahia,Vasco,Corinthians iram vim no campeonato…essas equipes tem que aproveitar bem os estaduais ,para ter uma temporada equilibrada.
Fábio Azevedo meu amigo,continuação de sucesso.
Abs,Fábio Terra!
Realmente as SAF tem
Ajudado muitos times a amenizar as dívidas que o clube tinha antes de sua chegada, mas sabemos também que a SAF ela não vai vir para pagar dívidas irresponsável de muitos aproveitadores do meio do futebol que só querem tirar proveito para ganhar o seu dinheiro e deixar os clubes a beira da falência.
Os clubes hoje com a SAF eles podem ter uma economia que faz com que eles contratem treinadores e jogadores que podem fazer os seus torcedores voltarem aos estádios com mais esperança de vitórias e títulos.
Desde o início dos anos 2000 os clubes chegaram aos seus ápices de endividamento. Dezenas de clubes começaram a buscar uma forma de quitar suas dividas milionárias. Fizemos em 2003 a fila de credores para pagamento das dívidas trabalhistas e fiscal também. Naquele momento começou uma busca para um maior profissionalismo na estrutura do clube associação. Poucos levaram a sério. E aí a divisão. Os que não levaram a sério estão até hoje com dívidas bilionárias e com pouco faturamento. Os que levaram a sério estão hoje aí disputando tudo, pois aplicaram no modelo de governança séria e, realmente, têm dinheiro em caixa para investir e sabem que têm caixa para sustentar um elenco vencedor. Os que não fizeram isso ainda vivem no século passado usando sua natureza jurídica de associação desportiva sem fins lucrativos achando que tudo sempre vai dar certo e sempre explodindo seu caixa e se endividando mais. Surgiu a SAF que é um engodo. “Compraram o futebol do clube” investiram uma merreca, pensando no valor agregado da marca do clube e seu alcance para marketing e não sanaram as dívidas dos clubes, e, pior, com os dispositivos criados voltam a 2003 com fila de pagamento de credores. Ou seja, não adiantou nada. Lamentável, nunca atentaram para outro dispositivo legal que passou a corrigir os débitos na SAF pela SELIC. Resultado todas as SAFs irão quebrar e o clubes voltarão a idade média. Com relação a investimentos em atletas, dou o exemplo do Flamengo que se profissionalizou e seu faturamento, por ter sanado suas dívidas, tem 400 milhões em caixa só para comprar jogador. O resto dos clubes continuam no século passado, sem orçamento e sem previsão de faturamento e continuam jogando para galera com contratações que só se endividarão cada vez mais até o colapso total. O mercado está aquecido demais. Valores inaceitáveis. Lamentavelmente, os clubes mal administrados há décadas continuarão penando.
Ótima coluna! Mas não adianta nada investir em jogador e não em infraestrutura, comissões técnicas profissionais e cada vez mais especializadas! Grandes clubes com dirigentes amadores, acabam investindo de forma desenfreada e, por vezes, por amizades com um ou outro empresário ou familiar de jogador. Se existisse profissionalismo e cobrança dentro dos dirigentes, talvez não houvesse esse problema!
Que bom que estamos no caminho! Futebol forte é bom pra todos!