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Manchester, o céu e o inferno!

2023 finalmente acabou e 2024 vem chegando ou chegou, dependendo de quando você ler este texto. Não me lembro de outro ano onde os dois rivais de uma mesma cidade inglesa tiveram tanto em lados opostos.

Fora ou dentro dos gramados nos últimos anos e, principalmente este, City e United viveram momentos tão distintos que às vezes não dá pra acreditar.

O gigante vermelho se acostumou com a dinastia criada por Sir Alex Ferguson, sua Classe de 92 e grandes nomes do futebol que o ajudaram a vencer 13 campeonatos ingleses e duas Champions League.

Após a saída de Ferguson, há 10 anos, foram nada menos do que 7 treinadores, contando o interino Giggs e o atual, Erik Ten Hag. Este último alçado (por si mesmo), mas sem a tarimba necessária, a um time faminto por grandes conquistas.

Ainda que com 3 títulos de copas e uma Liga Europa desde então, sua torcida quer mais. Quer a Premier League e também o maior dos títulos europeus. Mas na atual situação, ao menos estar disputando as retas finais já parece suficiente.

A recente eliminação na primeira fase da UCL em último lugar no grupo parece ter selado a demissão de Ten Hag que, se ainda não veio até agora, pode chegar em breve.

Em muitos momentos me peguei pensando “devolvam o meu United”, em uma vã brincadeira com o primeiro time inglês que conheci e despertou a minha paixão pelo futebol na Terra da Rainha (sou West Ham, só pra deixar claro).

Agora quando a gente olha para o alto o que se vê no céu de Manchester é um azul brilhante, reflexo de um futebol igualmente brilhante. O City segue à risca seu plano, sem loucuras e ansiedades.

Ainda que com muito dinheiro no bolso, o perfil de se construir um grande time com contratações pontuais um tanto mais caras, bons jogadores de um custo menor e apostas da base, vem dando certo.

Na última década, para efeito de comparação com o rival, o City venceu a Premier League por seis vezes e para completar na última temporada levantou sua primeira Liga dos Campeões e venceu a Copa da Inglaterra.

A Tríplice Coroa e Manchester têm um novo Rei. E ao que tudo indica o reinado ainda vai durar muito tempo se ambos seguirem abraçados aos seus ideais atuais.

Se os Citizens olham para o céu azul entoando “Blue Moon”, os Red Devils vivem o inferno evidente em seu escudo.

A esperança dos vermelhos agora se apega ao novo dono, que parece vir para arrumar a casa. Mas se ela vai ficar como os apaixonados torcedores querem, só o tempo dirá.

Enquanto isso não acontece, e precisa ser rápido, seguimos assistindo a hegemonia de Guardiola e seus comandados.

É sobre ganhar títulos, mas também é sobre jogar, e bem, o jogo. E hoje, isso é exclusividade apenas do lado azul de Manchester.

Marcelo Coleto | @futlifeoficial

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