Não precisa morrer gente no futebol brasileiro para a gente se indignar. Não podemos ignorar paus, pedras e bombas atiradas por uma torcida contra o ônibus da delegação de clube rival. De outro Estado.
Nem mesmo da mesma cidade.
A rivalidade odiosa e odienta
ultrapassa fronteiras. Não tem limites. Nunca teve. E, sabe-se lá o Diabo como, parece mesmo não ter fim.
Torcida única é institucionalizar a intolerância. Medida que não faria efeito algum neste novo caso.
Obviamente não tenho a solução. Nem quem sabe ou deveria saber a tem.
Um textinho não vai virar o jogo. Mas ler mais e estudar mais não farão falta.
Vontade política é necessária. Coragem para enfrentar os bárbaros é prerrogativa.
Tem lei no aspecto prático e criminal. Mas é preciso mais no campo esportivo. Ou também punimos os clubes pelo princípio da responsabilidade objetiva ou seremos todos irresponsáveis pelos próximos atos.
É punição esportiva a se debater – sim.
É o clube cruzar as pernas e não entrar em campo enquanto medidas mais duras não forem tomadas.
A bola está com clubes e CBF. Mas conversas a respeito da liga, torcida para que essa pauta esteja na primeira página. E não mais no rodapé das policiais.
Mauro Beting | @maurobeting