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É sempre por amor

(Foto: Samuel Setubal/ O Povo)

Não precisa morrer gente no futebol brasileiro para a gente se indignar. Não podemos ignorar paus, pedras e bombas atiradas por uma torcida contra o ônibus da delegação de clube rival. De outro Estado.

Nem mesmo da mesma cidade.

A rivalidade odiosa e odienta
ultrapassa fronteiras. Não tem limites. Nunca teve. E, sabe-se lá o Diabo como, parece mesmo não ter fim.

Torcida única é institucionalizar a intolerância. Medida que não faria efeito algum neste novo caso.

Obviamente não tenho a solução. Nem quem sabe ou deveria saber a tem.

Um textinho não vai virar o jogo. Mas ler mais e estudar mais não farão falta.

Vontade política é necessária. Coragem para enfrentar os bárbaros é prerrogativa.

Tem lei no aspecto prático e criminal. Mas é preciso mais no campo esportivo. Ou também punimos os clubes pelo princípio da responsabilidade objetiva ou seremos todos irresponsáveis pelos próximos atos.

É punição esportiva a se debater – sim.

É o clube cruzar as pernas e não entrar em campo enquanto medidas mais duras não forem tomadas.

A bola está com clubes e CBF. Mas conversas a respeito da liga, torcida para que essa pauta esteja na primeira página. E não mais no rodapé das policiais.

Mauro Beting | @maurobeting

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