Vou explicar.
Lucas Rodovalho, uma criança de apenas seis anos de idade, goleiro de uma escolinha de futebol de Uberlândia, foi vaiada, somente porque não defendeu uma bola em uma partida, ocorrida em um evento para socialização de atletas de base.
Esse caso me chamou a atenção e percebo que merece destaque, pelo fato de terem sido os ADULTOS que cometeram essa violência! Sim, ao meu entender, vaias praticadas por adultos, direcionadas para um menino de apenas seis anos de idade, é uma forte agressão emocional.
Inadmissível! Um ambiente onde justamente é para integrar crianças, pais envolvidos no jogo perdem a noção de sanidade mental e viram verdadeiras bestas descontroladas. Precisam, urgentemente, de tratamento em sanatório!
Primeiro: em nenhum lugar deveria ser permitido nenhum tipo de ofensa às crianças. Ponto.
Segundo: nesse caso em concreto, a mãe de Lucas disse que é tímido e resolveu inscrevê-lo na escolinha de futebol para socializar. Atitude super válida! Como ela ia esperar que os pais das outras crianças fossem se comportar como ignorantes, levando Lucas a chorar em campo!?
É preciso repensar o comportamento dos pais enquanto “torcedores” de seus filhos pequenos, pois devem sempre se lembrar que há outras crianças envolvidas e nunca se sabe o que estão superando emocionalmente, levando em conta que ainda estão em fase de desenvolvimento mental. Isso não pode ser esquecido nem ignorado!
Parabenizo, no entanto, o apoio dos jogadores o goleiro Weverton, do Palmeiras, o ex-atacante do São Paulo e Seleção Brasileira Luís Fabiano, o ex-meia Esquerdinha de São Caetano, Santos e Botafogo, e o volante Felipe Bastos, do Amazonas, que passou por Vasco, Botafogo, Corinthians, por terem enviado mensagens de encorajamento ao pequeno atleta.
Fica aqui, então, a minha indignação, mas sobretudo, uma mensagem de solidariedade ao Lucas e também me solidarizo aos pais dele, pois, eu, enquanto mãe, posso imaginar o sentimento sofrido pela família.
Espero que Lucas siga em frente e que seja uma história por ele contada, no futuro, já adulto, bem resolvido emocionalmente (li que tem pai e mãe amorosos), servindo de exemplo a outras crianças e famílias que passarem por esse tipo de tratamento. Ou será muita pretensão minha achar que não haverá mais abusos desse tipo?
Por Luna Baran