A prática de esporte deveria ser motivo de alegria, desenvolvimento, aprendizado e muitas vezes até válvula de escape de emoções, tanto para crianças, quanto para adultos.
No futebol, muitas vezes, o que era pra ser divertido para uma criança, acaba se transformando em momento sério e tenso, partindo do comportamento do pai que transfere para o filho ou filha, o sonho interrompido de se tornar um jogador de futebol profissional.
Ao invés de perguntar se fez gol, quantos fez, se ganhou ou perdeu, seria mais interessante procurar saber da criança como foi o futebol, se gostou de ter ido, enfim, ter uma abordagem mais positiva, com menos cobranças.
O adolescente vai perceber se quer ter um futuro profissional com o futebol, ou não.
A interferência do pai, a pressão psicológica, pode prejudicar o desempenho do filho, refletindo no seu desenvolvimento dentro de campo, nos resultados escolares e no comportamento com os amigos.
Separar o desejo de se profissionalizar no futebol, que ficou no passado, da vontade do filho em seguir no mesmo caminho, demonstra respeito e maturidade emocional.
O limite entre o incentivo e a pressão é tênue e saber como lidar é um desafio que muitos pais encaram, devendo primeiro encontrar em si próprio equilíbrio mental para conseguir afastar o seu anseio do desejo do menino.
Se, por acaso, seu sonho de criança era ser jogador de futebol, e que por algum motivo não foi adiante, não se sinta frustrado.
A vida é um jogo. Muitas nuances acontecem que são alheias ao nosso controle. Agora dê ao seu filho a chance da escolha, a oportunidade, em primeiro lugar, dele ser quem ele é e poder se divertir ao longo do caminho.
Limpe seus pensamentos sobre o que houve no seu passado. Você merece esse alívio e aproveite cada momento de conquista da criança que você está ajudando a crescer.
Luna Baran | @lunabaran1
