Está chegando o dia da grande final! A cobiçada Copa Libertadores terá seu “gran finale” no Estádio do Maracanã nesse sábado (4), num histórico confronto de duas poderosas e vitoriosas escolas do futebol sul-americano. Num momento menos glamouroso que em outros tempos, Fluminense e Boca Juniors entrarão em campo carregando sua grande história para decidir quem será o campeão.
Esse confronto me traz à lembrança o ano de 1992, em que participei, como atleta e vestindo a camisa do São Paulo FC, de umas das grandes decisões da Libertadores.
Lembro-me que, para chegarmos à disputa da Copa, o caminho foi árduo. Apenas dois clubes brasileiros se credenciavam a tal feito. Conseguimos através da conquista do Campeonato Brasileiro do ano anterior.
Já na Copa Libertadores, disputamos partidas duríssimas na altitude de La Paz e Oruro, na Bolívia, mas visitamos, não com menos dificuldades, Montevidéu (Uruguai), Guaiaquil (Equador), nosso adversário brasileiro, o Criciúma, e na grande final, a cidade de Rosário, na Argentina, casa do nosso adversário, o Newel’s Old Boys. A disputa final, diferentemente da atual, era feita em dois jogos e pudemos jogá-la no Estádio do Morumbi.
Éramos debutantes numa final continental e, mesmo com a experiência e forte comando de Telê Santana, a ansiedade e a dúvida sobre que tipo de confronto teríamos contra os argentinos eram desafiantes.
Fizemos dois grandes jogos! Na Argentina, sob forte pressão da torcida adversária, uma derrota por 1 a 0. A finalíssima, em casa, com mais de 100 mil torcedores tricolores nos apoiando, devolvemos o placar e levamos a disputa para os pênaltis, onde brilhou a competência de Zetti, autor da defesa que estimulou a maior invasão de torcida em campo da história do Morumbi. Mas, antes de tudo, tivemos que superar a boa técnica do adversário, comandados pelo então jovem técnico “El loco Bielsa”, a catimba e as provocações em campo, típicas dos “hermanos”.
O segredo para ganharmos certamente foi o controle da nossa ansiedade, com foco simplesmente na vitória. Nada abalava nosso equilíbrio. A força mental que nos movia foi a grande arma para chegamos à “Glória Eterna”!
E esse será o desafio de Fluminense e Boca Juniors. Quem levantará a taça ao final do jogo? Aquele que conseguir controlar melhor sua ansiedade, suas ações de confronto individuais e, independente da estratégia de jogo que cada time usará, o vencedor será quem tiver maior controle emocional.
De um lado, o Flu, um time técnico e ousado, ainda sem uma conquista dessa grandeza. Do outro, um dos maiores vencedores da Libertadores, com a típica garra e catimba portenhas.
Quem chegará ao triunfo? Façam suas apostas!
Marcos Bonequini | @marcosbenequini
De libertadores você também entende!Parabéns Bonequine! The best 👋