Muito se fala de David Beckham, principalmente, pelo seu poder midiático. Dizem que ele é mais mídia do que futebol. Eu concordo. Beckham foi um excelente jogador e batia na bola como ninguém. Mas fora de campo, ele foi fenômeno!
No seu seriado, na Netflix, mostra um lado que era, pelo menos pra mim, completamente desconhecido do astro inglês: a sua força mental!
Principalmente, por conta do começo da sua relação com a sua esposa, Victoria, e os desdobramentos nesse período. E em outros episódios, como o pós Copa de 1998, quando ele foi perseguido por quase todos os torcedores ingleses, mesmo assim, deu a volta por cima e liderou o time na conquista inédita de um clube inglês da tríplice coroa: Premier League, FA Cup e Champions League.
Um outro fato interessante exibido na série, foi como ele era referência técnica e de liderança no Manchester United e na Seleção. Como não acompanhei a sua carreira, fiquei muito com a visão somente da mídia. Mas ele não era só isso. Jogou muita bola e foi fundamental nas grandes conquistas, principalmente, no United. Por isso, ele é um dos grandes jogadores da história do clube.
Mas o que eu vim falar com vocês, é sobre os mantos utilizados pelo Beckham durante sua brilhante e vitoriosa carreira. Muitas relembrados no seriado.
Todo mundo sabe que o Beckham foi um ícone da moda no mundo do futebol. No seriado, isso fica bem claro. Assim como a moda passou por algumas transformações nos seus 20 anos de carreira, com os mantos não foi diferente.
Beckham atuou por 3 décadas: as de 90, 2000 e 2010, desde a sua estreia, pelo Manchester em agosto de 1992, até o seu último jogo pelo PSG, em maio de 2013.
Então, separei algumas camisas que ele utilizou durante a sua carreira em cada época, para analisarmos como foram as transformações das camisas de times.
Década de 90
Uma grande característica dos mantos da década 90, é a extravagância. Seja no tamanho, nos detalhes e no design. As camisas eram mais largas no corpo, pois o formato era mais quadrado. Moda do momento. Um detalhe que sou fã e que era super presente na época, são as marcas d’agua. Como eu gosto delas. Outra parte interessante, são os detalhes acetinados, o tecido brilhoso, isso deixa a camisa mais charmosa.
Outro ponto interessante, são as golas. Toni Kross não ia curtir muito jogar nessa época, já que quase todas as camisas, tinham golas polos. E o que falar das mangas longas? Elegância pura. Becks só usava assim.
Separei cinco camisas utilizadas pelo Beckham nessa década. Elas representam bem os anos 90. Camisas elegantes, cor duvidosa, marcas d’agua bem marcantes, camisas brilhosas e bem largas. Retratando todas as características já citadas.
A primeira camisa foi o modelo reserva da temporada 1995/96, onde ele utilizava o número 24. A outra foi utilizada nas temporadas 1996/98, ele já sendo o camisa 10.
Tem os dois modelos utilizados na Copa do Mundo de 1998. Becks foi o 7. E o de 1998/99 é o da conquista da Champions League, que era exclusivo para a competição.
Década de 2000
Diferentemente da década anterior, as camisas não eram nada extravagantes. As marcas d’agua e os tecidos brilhosos saíram de pauta. A característica dos mantos era ser mais clean. Claro que tem um detalhe ou outro, mas nada comparado ao dos anos 90. O molde da camisa foi se ajustando mais ao corpo do jogador. E as golas polos, não estavam tão mais frequentes. Quando apareciam, bem mais singelas.
As camisas escolhidas mostram bem a grande diferença para a década passada. As duas primeiras do Manchester e do Real, o corpo da camisa já não apresenta nenhum detalhe, é algo mais simples. Mas o molde não mudou muita coisa, ainda continuavam largas.
A camisa titular da Copa de 2006, tem apenas o detalhe icônico da Umbro no ombro. (Lembra da chuteira?). A camisa contava com gola polo, mas olha o tamanho, quase não dá para perceber, ainda mais sendo na mesma cor da camisa.
Em 2006/07, com um dos templates mais lindos na minha opinião, os mantos do Real e LA Galaxy, já tinham alguns detalhes no corpo da camisa, mas a grande mudança está no ajuste da camisa ao corpo do jogador. Elas estão bem mais modeladas. A do Milan, no fim da década, é a “anti anos 90”. Uma camisa simples, sem detalhe algum aparente e justa ao corpo. Era uma nova era das camisas.
Década de 2010
As camisas se ajustaram ainda mais. A tecnologia entrou de vez e as inovações nas camisas começaram a aparecer. Iniciaram a diferenciação de modelo jogador e modelo torcedor. No modelo jogador foi tudo pensando no atleta dentro de campo e como melhorar a sua performance durante os jogos. O foco era deixar o jogador, o mais confortável possível e a camisa não ter quase peso nenhum.
A manga longa desapareceu. Ao invés delas no frio, entraram as camisas térmicas. Mas voltaram as marcas d’agua e detalhes mais chamativos. As camisas do astro inglês refletem bem essas mudanças.
Esses últimos mantos do Beckham, são bem diferentes do começo da sua carreira. Com muito mais tecnologia para melhorar a performance do atleta. Mas será que tem o mesmo charme das décadas anteriores? Comenta aí qual a sua década preferida.
E não deixe de assistir a série, é muito boa! Espero que tenha curtido. Até a próxima sexta.
Por Rodrigo N Souza (@colecaodosor).