Acessibilidade, um direito de todos!

É público e notório, que as novas e grandes arenas do futebol brasileiro, foram construídas atendendo aos critérios mínimos para receber as pessoas com deficiência.A norma 9050 da ABTN (Associação Brasileira de Normas Técnicas), especifica detalhadamente os requisitos necessários para a construção e a adaptação de locais públicos destinados às pessoas com quaisquer tipos de mobilidade/deficiência.

O decreto 5296 de 2004, determinou que nos estádios de futebol, 4% dos lugares sejam reservados para pessoas com deficiências: sendo 2% para pessoas com baixa mobilidade/ deficiência visual, e 2% para cadeirantes e seus acompanhantes.

Se as novas arenas de futebol do nosso país, na teoria, deveriam ser acessíveis, então o por que de, na prática, a experiência desse público específico, em sua maioria, não é satisfatória ?

Através das diversas experiências que tivemos assistindo futebol pelo país, chegamos à conclusão que, para que a acessibilidade funcione, o público deve ter conscientização e respeitar os lugares adaptados.
Seja não ficando em pé no local específico para cadeirantes e seu acompanhante, seja não estacionando o seu carro em vagas reservadas, seja respeitando a prioridade para cadeirantes, autistas, grávidas, idosos … nos elevadores.

A falta de educação do grande público nos estádios é constante . Muitas vezes dividimos a bancada do espaço acessível com pessoas que não tem qualquer tipo de deficiência. Quando essas pessoas são questionadas por que estão em um local de PCDs, alegam que pagaram ingresso e que ficam aonde quiserem.

Sempre solicitamos que o Staff do estádio tome providências e retire essas pessoas pois, ao ficarem em pé, obstruem a nossa visão, mas é como enxugar gelo, já que sai uma pessoa e em pouco tempo chega outra.

Então, não basta apenas que os novos estádios / arenas, sigam todos os padrões de acessibilidade. Para que tudo funcione de maneira confortável e satisfatória para o deficiente de uma maneira geral, é imprescindível que haja respeito, empatia e conscientização das pessoas que estejam presentes no estádio de futebol.

ACESSIBILIDADE, UM DIREITO DE TODOS!

Cláudio Bazoli