Hoje em dia existe uma preocupação muito grande com o “produto” que um garoto pode vir a ser, com seu valor de mercado, com quanto pode ganhar e todas essas questões ligadas a parte financeira. Se esquece que há um humano primeiro de tudo e que envolvido nesse humano, pode haver uma parte(ou não) que o torne um atleta de alto rendimento.
Essa parte da formação acaba ficando de lado por muitos clubes, treinadores, empresário e as vezes até mesmo os pais. É necessário formar uma pessoa que esteja preparada para as situações da vida real uma vez que a porcentagem de atletas que obtém esse sucesso financeiro que vemos na televisão é muito pequena em relação a realidade que muitos jogadores profissionais passam. Se “descarta” muito fácil um garoto que passa a base toda longe de casa por um sonho e ao chegar na idade de profissionalizar ou não, se não se encaixa em algum clube, não tem outro caminho a seguir ou até mesmo se “vingam” como atletas e começam a receber altas quantias e passam a ter uma vida que nunca tiveram, não estão preparados para lidar com tais situações.
Quantos casos de depressão já ouvimos falar? Vários! Quantos talentos já perdemos para esse meio? Vários!
Ninguém parece estar preocupado se um jogador vai mal e está treinando mal, o porquê disso! Ninguém quer tentar entender se ele está passando algum problema em casa, alguma dificuldade pessoal. Há uma separação da pessoa atleta e da pessoa humana que não deveria existir.
Se vende uma imagem para os garotos e famílias que não é a grande realidade do futebol. Ser jogador profissional não é só quem passa na televisão ganhando fortunas.
A lacuna existe e pode ser preenchida com o trabalho de bons profissionais e as devidas instruções aos interessados.
Por um futebol mais humano!
Wagner Gdikian | @maniadecamisafut