Brasil, Colunistas, Marcos Bonequini

 a arbitragem em xeque 

 Os clubes do futebol paulista abrem literalmente seus olhos e põem luz sob a arbitragem na sua principal competição, o Paulistão Série A1. 

Após as desastrosas atuações da arbitragem e também dos operadores do VAR no clássico entre São Paulo x Palmeiras e também em Santos x Inter de Limeira, geraram em dirigentes, torcedores e na mídia em geral, o debate sobre o nível da arbitragem no principal campeonato regional do país. As jovens e inexperientes atuações da chamada “nova geração” mostrou a fragilidade da arbitragem paulista, gerando a falta de confiança e credibilidade dos “homens do apito” por aqui. 

Aliás, a cada rodada nota-se essa deficiência. Em outras partidas e noutras rodadas, as reclamações têm se tornado mais rotineiras, por clubes, treinadores e jogadores. Não seria a hora da Federação Paulista agir e gerar mudanças? As fases finais estão chegando e as disputas serão cada vez mais decisivas e de difícil condução, portanto árbitros mais experientes se fazem necessários nesses momentos. A presença de árbitros FIFA, como Raphael Klaus, são fundamentais para a boa condução do jogo e testes com jovens não são prudentes agora. Mas as discussões não devem parar por aí. 

A formação de novos árbitros, assim como a criação de um método padrão de arbitragem devem ser avaliadas como necessárias . Há claramente entendimentos diferentes em todo o mundo sobre as interpretações a aplicações das regras – e de normas (cada vez maiores)- de como conduzir o jogo. A participação e aplicação do VAR é bem diferente se compararmos com a Europa, hoje o maior centro futebolístico mundial. Por quê? Por que as discussões devem se aprofundar! Além disso, arbitrar, em qualquer circunstância ou área, não é tarefa simples. Ter o poder de julgar e decidir com equilíbrio e justiça não é para muitos. Acredito que na formação de árbitros deve-se incluir a disciplina “ética e moral” que relaciona o poder de julgar o comportamento com o não avaliar juízo de valores do atleta ou seu histórico, independentemente de quem praticou determinado lance. É a análise do fato, sem a influência das próprias impressões pessoais do árbitro sobre os personagens envolvidos ou os times em campo. Assim como valores, tais como humildade, para que nossos apitadores não se sintam os “donos do jogo”, como muitos demonstram atualmente. Lembremos que poder é algo que precisa ser trabalhado intimamente, pois ele pode corromper. 

Há também a tal da visão tecnicista, em que tudo é interpretado através de uma imagem num monitor de TV, com tempo e velocidade real alteradas e sem se levar em conta as condições humanas do jogo. Por exemplo, na sala do VAR, quem não sente o “calor” do campo de jogo, não é capaz de interpretar certas reações físicas e emocionais dos atletas em determinados lances. 

São soluções complexas e que precisam ser discutidas e, quem sabe, inseridas no mundo da arbitragem. 

É hora de repensarmos nosso futebol, tanto na qualidade do jogo como nos fatores que influenciam no seu resultado. 

Por um futebol melhor, por um jogo mais justo e por melhores espetáculos! 

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One thought on “ a arbitragem em xeque 

  1. Rodrigo Brito says:

    É triste ver uma tecnologia criada para ajudar o futebol e diminuir os erros, piorar nas nossas mãos, logo o Brasil que é considero o País do Futebol. Por aqui nada funciona as vezes colocam em cheque um trabalho sério, erros grotesco cada um tem uma interpretação e cada rodada temos uma surpresa, espero que a CBF começa a levar isso mais a sério, não é só punir os árbitros mas dar condições treinamentos e só assim vamos evoluir.

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