Pela primeira vez desde 2005, quando o Mundial de Clubes passou a ser disputado nesse formato e organizado pela FIFA, a Puma tem o direito de estampar o patch de Campeão do Mundo em um de seus clubes patrocinados. Até então, esse privilégio estava predominantemente nas mãos da Nike e da Adidas. Ao longo dos 18 torneios anteriores, essas duas marcas haviam conquistado 15 dos 18 títulos.
A entrada da Puma neste seleto grupo de fornecedoras que alcançaram o título mundial de clubes, juntando-se a Topper, Reebok e New Balance, reforça sua posição como uma das melhores do mundo no fornecimento esportivo. No entanto, engana-se quem pensa que isso foi apenas sorte. Sua trajetória até hoje foi cuidadosamente planejada.
Após um período de relativo ostracismo a partir de 2006, quando se sagrou campeã do mundo com a Itália, a marca perdeu terreno significativo no cenário do futebol, ficando cada vez mais distante de suas grandes concorrentes, Adidas e Nike, em termos de qualidade, design e relevância em clubes e seleções. A Puma deixou de figurar entre as marcas mais influentes. Tenho camisas da Puma da Copa de 2014, e elas estão consideravelmente abaixo das camisas da Nike e Adidas em termos de qualidade e estética.
No entanto, em 2014, observei que a Puma iniciou uma busca ativa pelo protagonismo no futebol. Sua primeira grande jogada foi o patrocínio ao Arsenal, que havia deixado a Nike após 20 temporadas. Representar um dos maiores clubes do país, na maior liga de futebol que é a Premier League, atraiu a atenção mundial para a marca.
Embora a parceria com o Arsenal tenha terminado na temporada 2018/19, o tempo foi fundamental para a Puma consolidar sua posição no mercado do futebol. Observando as peças desse período da minha coleção, é evidente a evolução na qualidade e no design das camisas.
Para a temporada seguinte, a Puma fechou um dos maiores contratos da Inglaterra, estabelecendo uma parceria ideal com o Manchester City. O clube estava em ascensão, consolidando-se como um dos principais do país e buscando sucesso continental, unindo forças com uma marca que estava na disputa para se tornar uma das maiores do mundo. E a estratégia está sendo um tremendo sucesso! A parceria já resultou em 3 títulos da Premier League, 1 Liga dos Campeões, o Mundial de Clubes, entre outros. Além dos troféus, a colaboração tem gerado belas camisas, dos quais eu tenho quatro.
Expandindo sua presença, a marca alemã entrou em outras grandes ligas, agregando clubes relevantes ao seu rol, elevando-se ao patamar de suas concorrentes de peso. No Brasil, patrocinam o Palmeiras, contribuindo para uma das fases mais vitoriosas da história alviverde. Também estão presentes no Milan, um dos gigantes da Itália e Europa, no Fenerbahçe da Turquia, PSV na Holanda, Olympique de Marselha na França, Borussia Dortmund na Alemanha, Valência na Espanha, entre outros.
Acompanhando esse crescimento em número de clubes, tenho observado a evolução na qualidade e beleza de seus uniformes. Na minha opinião, a Puma já supera a Nike no geral, especialmente nos modelos para torcedores, e posso até dizer que está competindo de igual para igual com a Adidas.
Assim, a retomada da Puma entre as grandes não se deve apenas à parceria com o City, mas também à sua qualidade. E você, curte a Puma? Conta aí nos comentários.
Até a próxima semana
Por @colecaodosor