O Botafogo que era para ser campeão com rodadas de antecedência se despede do campeonato com uma rodada para o fim do BR-23! E com risco de cair do G-4.
Inverta os turnos: e se o returno do Botafogo, tão bizarro quanto bisonho, fosse o primeiro? E se o turno espetacular e igualmente inesperado do time de Luís Castro fosse o segundo turno? Seria uma campanha de rebaixado a uma de campeão. O coro no Nilton Santos teria sido “guerreiroooooo, time de guerreiro”.
Mas o jogo virou. E como. O couro comeu. E como. O urro é outro. Não tem como. A vaia tomou.
Antes do BR-23, o botafoguense reconheceria firma em cartório se alguém prometesse Libertadores em 2024 ao time eliminado até das semifinais do estadual. Já seria muito para aquele futebol e este elenco. Agora, frustração e a maior decepção como torcedor não definem o sentimento de um campeonato que só o Botafogo para perder e se perder assim.
Só daquelas coisas que só acontecem… Com o Manchester United. Quando recontrata Cristiano Ronaldo, em 27 de agosto de 2021. Quando o clube contrata o treinador Ten Hag, em 21 de abril de 2022. Quando o United rescinde contrato com CR7, em 22 de novembro de 2022, também por problemas com o técnico holandês. Quando o craque português assina com o Al Nassr, em 5 de dezembro de 2022. Quando Ruud Garcia não é mais o treinador do clube saudita, em 13 de abril de 2023, também por questões com Cristiano. Quando em 4 de julho de 2023 Luís Castro deixa o Botafogo para assinar com o Al Nassr, a pedido de Cristiano Ronaldo.
Sim. O gajo da 7 de Garrincha ajudou a derrubar o Botafogo o BR-23.
Não sei se o time seria o mesmo no returno. O mesmo desempenho, nem o City, hoje. Nem com Manga, Heleno, Nilton Santos, Didi, Mané, Quarentinha, Gerson, Jair, Rogério, Caju, Roberto Miranda, Carlos Roberto, Brito, Mendonça, Paulinho Criciúma, Maurício, Mauro Galvão, Túlio, Donizete, Sérgio Manoel, Beto, Jefferson, Loco Abreu, Seedorf. Nem todos juros teriam mantido o Fogão tão aceso no outro turno.
Mas cair pelas tabelas tanto assim?!
Nem se Caçapa tivesse ficado. Talvez… A queda de Lage foi a única boa notícia numa queda de lage. Lúcio Flávio não rolou. Tiago Nunes não teve como.
Mas incertas coisas de fato só…
Como a celebração da torcida botafoguense para um remador de ouro no Pan incendiar o menino Endrick na virada no Nilton Santos. Como a ausência do tapetinho contra o Grêmio fez o veterano Suárez jogar em São Januário e virar outro 4 a 3 por causa do show do Rebelde no Engenhão…
Não. Não estava escrito nas estrelas. Nem na solitária. Estava em outras escrituras e entranhas.
Eu desisto mesmo de entender o Botafogo. Inexplicável como o futebol.
Mauro Beting