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DIA DO COLECIONADOR: A MINHA HISTÓRIA NO COLECIONISMO!

Hoje, em 18 de novembro, celebramos o Dia do Colecionador. Uma data especial para aqueles que dedicam tempo e paixão para guardar, organizar, selecionar e exibir itens que têm significado pessoal, como no meu caso, as camisas de time.

A minha jornada como colecionador de camisas de futebol teve início durante a Copa do Mundo de 2014, quando eu tinha 21 anos. Apesar de já possuir algumas camisas ao longo da vida e ser um amante do futebol, foi em uma visita à loja da Centauro em Rio Claro, cidade onde eu cursava a universidade, que fiquei encantado pela grande quantidade e variedade de camisas daquele torneio. Naquele dia, comprei a camisa titular do Brasil, marcando o início da minha coleção, mesmo não sendo oficial.

Após alguns dias refletindo, tomei a decisão que se tornaria um marco na minha vida: tornar-me um colecionador.

Inicialmente, minha ideia era colecionar todas as camisas daquela Copa, mas logo percebi que seria um grande desafio, dado o alto custo das camisas de time. Na época, sendo apenas um estudante com recursos limitados e também com outras prioridades. Foi necessário procurar meios mais acessíveis de aquisição, como caçar ofertas, utilizar cupons e compreender os momentos ideais para as compras. Essa abordagem fez toda a diferença na construção da minha coleção e ainda hoje é uma prática que mantenho. E que compartilho com os meus seguidores.

Ainda naquele ano, consegui ampliar minha coleção com mais quatro camisas da Copa: Japão, Argélia, Brasil Away e Itália. Além disso, adquiri três camisas do SPFC, o último modelo reserva da Penalty e duas do Rogério Ceni, e a camisa do CR7 da La Décima. Curiosamente, essas escolhas acabaram se tornando os principais focos da minha coleção, embora, na época, eu não tivesse essa clareza.

Comemorei o término do meu primeiro ano como colecionador, orgulhoso por ter alcançado um acervo de 11 camisas. Nos anos seguintes, até 2018, meu enfoque era direcionado a camisas que eu gostasse em oferta. Minhas aquisições variavam entre 5 e 8 por ano, o que me trazia grande satisfação. Ao longo desse período, compreendi a importância de atravessar diferentes fases na coleção, reconhecendo que nem sempre seria viável adquirir muitas peças, seja por questões financeiras ou de prioridade. Abaixo está a imagem da minha coleção no fim de 2018.

No ano de 2019, após me formar e conquistar um emprego melhor, minha coleção começou a ganhar mais valor. Um passo crucial que tomei nesse período foi começar a comprar camisas usadas, algo que antes não me passava pela mente. Foi nesse momento que conheci a Atrox e a Futclassics.

A visita à loja física da Atrox em São Paulo foi uma experiência marcante que mudou de vez a minha perspectiva sobre camisas usadas. Ao examinar todas aquelas peças e suas condições, qualquer “preconceito” que eu pudesse ter foi dissipado. Saí de lá com três camisas, incluindo a Teamgeist da Espanha na Copa de 2006, personalizada com o número 9 do Fernando Torres. Essa conquista foi especialmente significativa para mim, já que era do meu template favorito desde a infância.

Em seguida, adquiri minha primeira Total 90, outro modelo icônico, desta vez pela Futclassics. Percebi que essa abordagem era a chave para realizar alguns sonhos de infância e concluir determinados focos na coleção. Desde então, não parei mais!

No ano seguinte, tive minha primeira experiência de compra internacional ao adquirir uma camisa da Classic Football Shirts, a Disneylândia das Camisas, loja localizada na Inglaterra. Confesso que fiquei um pouco receoso devido à distância, mas decidi arriscar. Tudo chegou perfeitamente após 30 dias. Além da camisa, aproveitei para adquirir alguns itens alternativos, como um cachecol do Japão, um meião do Porto e uma bermuda térmica do Napoli.

No ano de 2021, embarquei de vez no universo do colecionismo. Mesmo com poucas aquisições de camisas, dada a prioridade ao meu casamento, novembro marcou um ponto crucial. Foi nesse mês que criei minha página no Instagram e percebi a existência de milhares de “malucos” como eu, alguns ainda mais. A sensação de pertencer a essa comunidade foi simplesmente incrível.

Minha coleção deu um salto significativo, tanto em quantidade quanto em qualidade, quando conheci o universo das lojas no Instagram. Descobrir lojas altamente confiáveis e participar de grupos de colecionadores, onde é possível vender, trocar e discutir sobre camisas, foi uma mudança marcante. Além disso, explorar plataformas como Mercado Livre, Enjoei e OLX abriu novas possibilidades de aquisição. Confesso que, no início, foi um desafio manter o controle diante de tantas oportunidades.

O começo deste ano foi marcado por um momento significativo para a minha coleção: uma reflexão sobre algumas camisas e a definição de focos mais claros. Atualmente, concentro-me em camisas da carreira do CR7, do SPFC, Teamgeist e da Copa de 2014. A partir dessa definição, comecei a desapegar de mantos que se distanciavam desses objetivos. Claro, ainda tenho camisas fora desses focos, mas ter essas diretrizes ajuda na tomada de decisões na hora de adquirir novos mantos. Antes, por vezes comprava apenas pelo preço, mas percebi que esse dinheiro muitas vezes faz falta na hora de investir em peças realmente importantes para o meu acervo.

A decisão de desapegar revelou-se crucial, permitindo não apenas liberar espaço na coleção para itens mais alinhados aos meus focos, mas também gerar recursos financeiros. Esses recursos, por sua vez, foram reinvestidos em camisas que verdadeiramente agregam ao meu acervo. Acredito que todo colecionador deveria considerar esse processo em algum momento, pois oferece uma oportunidade de renovação e aprimoramento da coleção.

Falar sobre colecionadores destaca uma das partes mais incríveis desse hobby. Fazer parte dessa comunidade não só me permitiu conhecer pessoas incríveis, mas também construir amizades sólidas com colecionadores de todo o Brasil. É algo verdadeiramente surpreendente, especialmente considerando que algumas dessas amizades foram formadas com pessoas que nunca encontrei pessoalmente.

É fascinante perceber como essa jornada começou simplesmente na busca por uma camisa para torcer na Copa do Mundo na Centauro. Sinto-me extremamente grato por fazer parte desse universo.

Até a próxima semana!

Por @colecaodosor

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