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Quem não vai ser campeão?

Antes de a bola rolar na quarta-feira, no Maracanã, no duelo entre o atual campeão do Brasil contra o da Libertadores e Copa do Brasil de 2022, o Palmeiras vinha surgindo como candidato cada vez mais forte ao título brasileiro. Também pela derrota do Red Bull Bragantino para o São Paulo, na mesma noite.

A grande vitória do Flamengo mudou o astral e a tabela na quarta de Brasileirão. O time de Tite, depois dos 3 a 0, parecia pronto para repetir o inesperado 2009 do hexa de Andrade.

Mas ainda era necessário entender o que seria do Botafogo, em São Januário, contra o Grêmio, no dia seguinte. Se é que o Botafogo é para se entender… Quando fez 3 a 1 com 58 segundos na etapa final, e jogando bem, parecia que o Fogão estava no ponto para a retomada. Até em 19 minutos levar três de Suárez – que só estava em campo por conta do show do RBD no Nilton Santos – e sofrer o segundo 3 a 4 em três partidas!?

O Grêmio de Renato passava a ser o que não havia sido até aquela quinta mágica. Candidato real ao título. Depois de oscilar demais no BR-23, também por ter voltado à Série A, o Tricolor parecia pronto. A tabela estava de boa. Ressurreição típica tricolor.

No sábado, o Flamengo terminou o primeiro tempo no Maracanã vivíssimo. Mas quase levou a virada do Fluminense no final. Empatou. E murchou. Ainda mais quando o Palmeiras fez 1 a 0 em jogo duro contra o Inter, logo depois, no embalo do sábado em Barueri. E seguiu ainda pesado o clássico até o segundo gol do desequilibrante Endrick. Abrindo para o 3 a 0 mais largo do que foi o jogo.

O Palmeiras amanheceu na ponta – também com jogo a mais que três dos rivais. Mas com real esperança fundamentada. Pelo que tem. Pelo que tem jogado. E pelo que os rivais têm deixado pelo caminho.

Em Porto Alegre, com menos de 10 minutos, e em um lance claro, um pênalti não se marcou para o Corinthias. Na sequência da jogada mal interpretada, Bruno Mendez foi corretamente expulso pelo mesmo VAR que deixou a arbitragem de campo errar sozinha no pênalti não marcado em Bidu.

O Grêmio teve quase todo o jogo em casa com a vantagem em campo. E a desvantagem no placar definitiva que deve garantir o Corinthians na turma de sempre.

E tirou do Grêmio o favoritismo que nem o gol do Red Bull em Bragança, e nem a virada do Botafogo logo depois, pareciam mudar. Até que o empate no fim do Bragantino devolveu ao Palmeiras a confiança de mais rodadas verdes até o final.

Não fosse a Data Fifa que tem tirado atletas, treinos, protagonismo e resultados do Palmeiras depois dela…

Eu tento, amigos… Juro que me esforço para não ser tão Muro Beting… Mas tem como cravar qualquer coisa a não ser o prego no caixão de quem acha que tudo já está definido? Ou que o “sistema” é isso ou aquilo?

Hoje, o Palmeiras é o favorito do torneio que no domingo estava voltando ao Botafogo, quase foi do Red Bull Bragantino, deixou de ser do Grêmio, foi um tempo e algumas horas do Flamengo – e ainda tem chances remotas de menos de um por cento de cair no colo do Atlético Mineiro…

Mauro Beting | @maurobeting

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