Nos meados dos anos 2000, o que era algo que tínhamos em abundância, hoje em dia está escasso. Estou falando do camisa 9, que desde a saída de Ronaldo Fenômeno em 2006 não tivemos ninguém com tanta relevância ultimamente no nosso futebol.
Na última Copa, quem teve e ainda tem essa honraria é o “Pombo Richarlison”, que desde a saída do Everton FC não vem em bom momento no futebol e amarga muitos jogos passando em branco e perdendo gols fáceis de serem finalizados. Porém, ele ainda ganha na frente de seus concorrentes por posição em simpatia e, claro, no quesito entrega.
Voltando um pouco nas últimas Copas, tivemos Gabriel Jesus, talvez o mais TALENTOSO, mas caiu diante do esquema do técnico Tite que não favorecia.
Outros nomes que não jogaram copas também utilizaram dessa camisa, como Nilmar, Fred, Gabriel Barbosa, Bruno Henrique, Diego Tardelli, Diego Souza, Luis Fabiano, Pato, Adriano Imperador e tantos outros que não se consolidaram como realmente um camisa 9 digno da SELEÇÃO BRASILEIRA.
Como falei no início do texto, Ronaldo Fenômeno foi o último inquestionável e, se olharmos para as outras copas, por exemplo, fica ainda mais nítido o declínio de qualidade. Tendo em vista nomes como Romário, Careca, Serginho Chulapa e até mesmo Tostão.
Hoje em dia, a seleção brasileira tem um grande nome que é Neymar, e ele usa a mística camisa 10, eternizada por Pelé e colocada em termos de EXCELÊNCIA.
Todos esses 9 em questão que foram citados acima têm seus méritos e tiveram e têm boas carreiras, mas ao ponto que ligo o corte comparando com Ronaldo Fenômeno, o declínio técnico é um absurdo.
TEM BONS NOVES VINDO POR AÍ!!!
O que me deixa feliz é saber que está vindo uma geração de camisas 9 interessantes para os próximos ciclos e até mesmo atual.
MARCOS LEONARDO: O menino da vila vem simplesmente tendo excelentes números com a camisa do Santos. Mesmo em turbulência nos últimos anos e brigando para não cair nos diversos campeonatos, o ML9 é uma realidade e está pronto para jogar no futebol europeu com apenas 20 anos de idade. Trombador, guerreiro e com uma canhota afiada, é uma de suas grandes características.
VÍTOR ROQUE: Centroavante nato, saiu do Cruzeiro e foi se profissionalizar no FURACÃO. Em questão de tempo, foi se lapidando e tornando referência tanto para seu time como para o futebol brasileiro. Rápido, finalizador e decisivo demais, ele já despertou interesse até antes dos seus 18 anos e foi vendido para o Barcelona. E sem medo nenhum de errar, ele vai bater de frente com Erling Haaland no futuro de melhor 9 do mundo.
ENDRICK: Falar do menino Endrick é algo extraordinário, pois não temos a mínima noção de onde ele pode chegar. Com 15 anos, ele destruía nas categorias de base do Palmeiras, vencendo e sendo artilheiro de todos os títulos possíveis, ganhando uma notoriedade absurda. Sendo vendido para o Real Madrid ainda com seus 16 anos, começou a jogar nos profissionais do Palmeiras em menos de um ano e alterna altos e baixos. Mas esses altos dele são magníficos. De todos, é o que mais gera expectativa e uma grande interrogação. Mas sem medo de errar, vai explodir na Europa e, em um time como o Real Madrid, a EVOLUÇÃO dele será nítida. Com Endrick, estamos diante de ter um melhor do mundo novamente. Claro que tudo isso é expectativa.
Marcos Leonardo, Vitor Roque e Endrick, para mim, são o futuro da camisa 9 do Brasil. E claro, como no Brasil as coisas acontecem rápido, é possível que surjam outros nomes.
Gutto Soutto | @eaigutto