Vou começar esse texto filosofando: A vida é neutra, nós é quem damos peso a ela. Os fatos criados por nós é que têm as suas consequências negativas ou positivas, dependendo do ponto de vista.
Ok. Chega de filosofia, vamos ao que viemos.
O fato:
Em uma partida profissional de futebol, o jogador está com a bola em seu domínio e antes de seguir com a jogada, pensa (será que pensa?) que está brincando e pula em cima do brinquedo (no caso, a bola).
Logo em seguida, o jogador do time Y, por entender aquele gesto desrespeitoso contra seu time, sem pensar (ou pensando) agride o “brincalhão”. Confusão generalizada.
Que tipo de pensamento (se é que existiu um) um atleta profissional poderia ter ao decidir pular na bola em pleno andamento do jogo?
Ato contínuo, que tipo de pensamento poderia ter passado na cabeça do jogador do time Y pra chegar ao ponto de agredir o fanfarrão?
É certo que em situações onde é exigido rápida tomada de decisões, muitas vezes, erramos por falta de tempo para reagir, ou não, e avaliar as consequências.
Porém, tanto no caso do jogador de pulou em cima da bola, quanto do que cometeu a agressão, colocando o peso no ocorrido, chego a conclusão que ambos os times estão equilibrados…em necessidade de autoconhecimento e inteligência emocional para gerir seus impulsos violentos e brincalhões fora de hora.
O que fazer para trazer à tona a razão dos jogadores, em momentos que, facilmente, se não desenvolvidos, podem tornar a partida um caos e colocar tudo a perder?
Não será enquanto a partida está acontecendo. Isso é um preparo, um treino que antecede o jogo e, preferivelmente, que seja constante.
Estudos e pesquisas mostram que praticar meditação, nem que seja por alguns minutos, beneficia demais não só o foco, mas também a capacidade de lidar com situações adversas.
Isso porque, a meditação treina a mente para controlar pensamentos excessivos e a concentração na respiração ajuda a manter a tranquilidade, quando necessária.
Podemos educar nossos pensamentos e isso passa pela prática da meditação, principalmente em se tratando de comportamento de jogadores de futebol ou de outro esporte em que o contato físico é inevitável e a provocação se faz presente.
Termino esse artigo com duas falas do narrador link do vídeo* “estava narrando futebol até agora e agora estou narrando box.” “Ele brincou de Pogobol ali, né.”
Seria cômico se não fosse trágico.
E só pra constar, pra você que talvez saiba, talvez não, Pogobol é um brinquedo de crianças acima de 05 anos, pesando até 70 kg, como o que ilustra o início do texto.
Isso me lembrou a minha infância, que eu brincava de Pogobol no apartamento que morava, no sexto andar e minha mãe me dava bronca porque tinha vizinho em baixo. Imagina se o vizinho ficasse tão bravo, subisse lá em casa e partisse pra ignorância?
Inspira, expira, não pira!
*link do vídeo: https://youtu.be/a87BIsfsC10?si=z8w-StwgDpZeJqlY
Luna Baran | @lunabaran1
