Brasil, Marcos Bonequini

 COPA DO BRASIL: O BUSINESS POR TRÁS DO JOGO 

Quando entrarem em campo no próximo domingo (24), São Paulo e Flamengo trazem junto a si muito mais que um duelo esportivo, mas também de um faturamento gigantesco para seus cofres. Caberá ao campeão da disputa receber R$ 70 milhões como vencedor. O perdedor, ainda assim, engordará seus cofres com mais R$ 30 milhões. Junte-se a elas ainda o que receberam nas outras fases da competição, que passa de R$ 18 milhões já computados.
Por isso, além de mexer com a paixão de milhões de torcedores, e criar uma grande expectativa de aumentar sua galeria de troféus, a receita fará muita diferença a ambos.


Flamengo e São Paulo vivem situações distintas em termos de equilíbrio financeiro e governança. Tendo a maior torcida – em números de torcedores – o time carioca vive hoje uma situação mais estável financeiramente e faz investimentos em contratações de alto escalão em seu elenco. Tem uma das maiores folhas de pagamento do futebol sul americano e tem visitado as finais de suas maiores competições nos últimos anos, conquistando títulos importantes, como a Libertadores, Brasileirão e a própria Copa do Brasil. Em campo, tem um time experiente e acostumado a grandes vitórias, ainda escassas em 2023.


Já o Tricolor Paulista, que tem no seu torcedor (quase 20 milhões espalhados pelo Brasil) sua grande arma nos últimos anos, vem buscando sua reestruturação financeira e administrativa nos últimos três. Com resultados esportivos e investimentos mais modestos que o seu rival, ainda somou um Título de Campeonato Paulista e chegou a uma final de Copa Sul Americana nos dois últimos anos. Mesmo assim, numa ousada estratégia, repatriou Lucas Moura e se reforçou com o colombiano James Rodríguez para as fases finais das competições de 2023.


Os resultados de ambos correspondem também as suas receitas e potencial de investimentos. Porém, o futebol nem sempre traz a coerência do investimento x resultado esportivo: o São Paulo saiu na frente no primeiro duelo final, vencendo o FLA em pleno Maracanã. Agora, decide em casa, ao lado do seu torcedor e com uma vantagem adquirida no campo, o título da mais rentável competição do Brasil. Pode ainda ter a sua maior arrecadação de bilheteria do ano, podendo superar a casa dos R$ 20 milhões, assim como fez o Flamengo no último domingo.


O aumento de consumo do produto futebol em momentos como esse, é nítido e o efeito da paixão do torcedor é tão surpreendente que, muitas vezes, supera quaisquer expectativas.
Sem dúvida, o jogo dos números e das receitas supera a competição esportiva nesse caso. Sem eles, os clubes não sobreviveriam. Através deles podem ser competitivos em campo e trazendo resultados esportivos. Alimentam a paixão do torcedor, talvez o principal stakeholder desse universo.


Quem terá mais competência e resultado na final da Copa do Brasil 2023?


Façam as suas apostas!

Marcos Bonequini | @marcosbonequini

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